Um homem sem sonhos 
 Tem dois destinos: matar-se ou se tornar assassino.
 Tirem do homem sua esperança
 Ele se fará uma bomba, 
 Personificará uma lança.
 Faça-se do homem um miserável,
 Desempregado, esmoler sem dignidade,
 Ele se fará a quem oprime a chaga mortal,
 A última praga, juiz e executor, do juizo final.
 Eis como à luz do alvorecer
 O homem amável e cordial
 Pode ser fera, monstro incontrolável,
 Na penumbra do anoitecer.
 Nenhum inocente ou justo sobrevive
 Escravo acorrentado, cidadão sem classe,
 Se lhe arrancam à força a civilidade,
 Se lhe matam na alma a humanidade.
 Em tempos como estes
 Há que se petrificar o amor ágape
 E liberar do peito às mãos a ira santa
 Neste tempo de obscuridade
 Impõe-se ao mais pacífico dos homens
 Pegar em armas, derramar sangue
                      [O seu e dos tiranos]
 Nas trincheiras das ruas e praças
 Em defesa da integridade
 Tão humilhada e escassa
 Ave, liberdade!
 
quarta-feira, 17 de julho de 2019
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