quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Até a eternidade

Eu quero morrer assim
Ao sul de seu corpo
Em um prazer catártico
Como o sol
Ao beijar a boca da noite
Incendiando os horizontes
Nos fins de tarde de verão

Eu quero me perder
Como se perdem as folhas amarelas
Arrancadas do topo dos olmos
Pela brisa gelada do outono
E ficar a seus pés
Para alimentar
Seus desejos e sonhos mais íntimos

Quero cegar meus olhos
Como as nuvens de chumbo
Apagam a lua no inverno
Para ver apenas o mundo
Por meio de suas mãos de fada
E ser guiado por sua voz de pássaro distante


Eu quero, 

eu quero morrer assim
Ao sul de seu corpo
Como as folhas amarelas

Arrancadas dos olmos
Quero cegar meus olhos
Como as nuvens invernais
Em um prazer catártico
Estendido aos seus pés
E ser guiado pela sua voz
Até a eternidade.


17/10/2017



Hasta La Eternidad


Quiero morir así
al sur de su cuerpo
En un goce catártico
Cómo el sol
Cuando besa la boca de la noche
En el poniente en llamas
En las tardes de verano

Quiero perderme de mí
Cómo se pierden las hojas amarillas
Arrancados a las copas de los olmos
Por la brisa fría del outuno
Y a tus pies quedarme
Para alimentar
Tus más íntimos deseos y sueños

Quiero cegar mis ojos
Cómo las nubes de plomo
Que apagan la luna de invierno
Para sólo ver el mundo
Por tus manos de hadas
Y por tu voz de pájaro lejano


Quiero, quiero morir así
Al sur de su cuerpo
Quiero perderme de mí
Como las hojas amarillas de los olmos
Quiero cegar mis ojos
Como las nubes de plomo
Para en un goce catártico
Estar a tus pies
Guiado por tu voz de pájaro
Hasta la eternidad


Todos os direitos reservados ao autor

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O audiolivro O Universo no Espelho, Aqueles Outros e suas Versões das Histórias, já está disponível para audição gratuita,completando o pro...