terça-feira, 17 de setembro de 2019

Absinto

A fonte estéril
dos olhos queimam
Cristais de sal antigo
Lágrimas imemoriais
A palavra despedida
No coração grafada
À faca
Aguda chaga
Que a alma sangra
Em inútil sacrifício
Jaz ao leito inerte
O amor
Que um dia foi
O corpo do outro
Sobre a pele
Cingida de ruínas e cinzas
A luz da lua fria
Sorve o último gole
De desejo e absinto
Antes da aurora tardia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

/> Da Redação /> Você já parou para pensar no quintal onde cresceu? Naquele cheiro de terra molhada, no barulho do rio, no fre...